Em 1938, ano da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – hoje IPHAN – o governo Getúlio Vargas uniu-se ao governo de Minas na criação de hotéis para apoiar o desenvolvimento do turismo em Ouro Preto e em Diamantina, cidades internacionalmente famosas desde o século XVIII, como principais centros urbanos criados pelo Ciclo do ouro e do diamante.
Uma comissão liderada pelo urbanista Lúcio Costa (mais tarde criador do Plano Piloto de Brasília, DF) encarregou o então jovem arquiteto Oscar Niemeyer da tarefa de projetá-los, com a missão de criar edifícios que, intencionalmente, se diferenciassem do casario colonial.
Niemeyer projetou o Grande Hotel de Ouro Preto com linhas arrojadas e retilíneas, com amplos vãos elevados sobre pilotis, cujos planos frontais totalmente envidraçados descortinam a paisagem histórica.
O moderno edifício foi implantado em área de 7 mil metros quadrados, no coração urbano de Ouro Preto, com jardins de Burle-Marx, o genial paisagista da Pampulha, em Belo Horizonte, e do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Com o Grande Hotel de Ouro Preto, o Brasil ganhou suas primeiras suítes com sobre-lojas, inaugurando esta grande novidade na hotelaria nacional.